domingo, 11 de maio de 2008

Uma idéia e um escrúpulo.


Foram muitas as vezes nessa semana em que sentei em frente ao meu computador e tentei escrever alguma coisa aqui. Todo dia falava pro meu amigo: "Irei postar hoje no blog!" e nada. Todo dia abria o blogger, escrevia alguma coisa e entrava num duelo de olhares com o formulário de posts do mesmo. Duelo esse, que nunca consegui vencer. Muitas idéias boas podem ter sido perdidas e na verdade, foram. Só agora que fui perceber que existe uma opção chamada "salvar rascunho", mas faz pouca diferença agora, afinal, estou postando.
Seria esse mais um post sem conteúdo? Assevero que sim. Finais de semana são chatos, fato. Todo sábado ou domingo, quando chega essa hora(exatas 18:00 horas enquanto escrevo essa linha) uma grande tristeza assola meu coração. É sempre ao anoitecer, quando olho esse céu semi-escuro e mais uma vez reafirmo minha solidão. Não é algo recente, muito pelo contrário, é um sentimento que venho sentindo desde de que consigo me lembrar que lembro. Finais de semana são muitas vezes piores que dias de semana, principalmente aqueles que você tem que agir como se fosse um dia normal. Sábado que vem, será um dia desses, lutarei no campeonato nacional da Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Esportivo(inserir anedotas ou chingamentos sobre Jiu Jitsu aqui).
No momento, alem do supracitado sobre essa hora miserável, estou preocupado com lição de casa. Falo sobre 34 exercícios de física. Não me acudem as forças necessárias para realiza-los. E para variar, devo entrega-los amanhã. Logo, o leitor deve-se perguntar:
"-Mas, que estais aí fazendo, filhos dos homens?"
Isso é um mal que me assombra durante toda a vida, deixar tudo para a última hora. Não consigo fazer nada antes, nada. A emoção de deixar tudo para a última hora em incomparável.
Agora enquanto escrevo, vejo uma barra com os seguintes escritos: "Marcadores para esta postagem" e logo abaixo está escrito "exemplo, patinetes, férias, outono", irei fazer uso dela. Este será um post PATINETES.

"E o mais feio dos homens começava a soprar, como se dele quisesse sair qualquer coisa inexprimível; mas, quando afinal se pôs a falar, salmodiava uma piedosa e singular ladainha em louvor do adorado e incensado burro. Eis qual era essa ladainha:

“Amém! E honra e estima e gratidão e louvores e forças sejam com o nosso deus, de eternidade em eternidade”.

E o burro zurrava: I A.

“Ele leva as nossas cargas; é pacifico e nunca diz não. E o ama o seu deus; castiga-o”.

— E o burro zurrava. I A.

“Não fala senão para dizer sim ao mundo que criou: assim canta louvores ao seu mundo. A sua astúcia não fala; por isso mesmo rara vez erra”.

E o burro zurrava: I A.

“Ignorado passa pelo mundo. A cor do seu corpo, como que envolve a sua virtude, é parda. Se tem talento oculta-o; mas todos lhe vêm as compridas orelhas”.

E o burro zurrava: I A.

“Que recôndita sabedoria é ter orelhas compridas e dizer sempre sim e nunca não. Não criou ele o mundo à sua imagem? Isto é, o mais burro possível?”

E o burro zurrava: I A.

“Tu segues caminhos direitos e caminhos tortuosos; aquele a que os homens chamam direito ou torto, pouco te importa. O teu reino encontra-se além do bem e do mal. A tua inocência é não saber o que se chama inocência”.

E o burro zurrava;: I A.

“Vê como tu não repeles ninguém, nem os mendigos, nem os reis. Deixas vir a ti as criancinhas, e se os velhacos te querem tentar dizes simplesmente: I A.”

E o burro zurrava,: I A.

“Gostas das burras e dos figos frescos, e não és exigente com a comida. Um caldo te satisfaz as entranhas quando tens fome. Nisso reside a sabedoria de um deus”.

E o burro zurrava: I A."

Nenhum comentário: